13 de setembro de 2012

Cavatina para William Blake

Iremar Marinho


Eu me rendo,
William Blake.
Eu te vendo
Minh'alma
De pé-quebrado.
Não suporto mais a luta
do teu céu com meu inferno.

                                    (11-8-2011)



Para Lêdo Ivo

(Ao modo de Sidney Wanderley)


Iremar Marinho

Ninguém sai do poema de Lêdo
Sem o mar estético
Sem as várzeas fluidas
Sem as raparigas do Cavalo Morto

Ninguém sai do poema de Lêdo
Sem lama lacustre
Sem dormir com as putas
Dos velhos sobrados
Do Jaraguá redivivo

Ninguém sai do poema de Lêdo
Sem o açúcar bruto
Do porão das naves
No porto ancoradas

7 comentários:

  1. Olá Guaraciaba
    Que satisfação ter você aqui comentando estes nossos mundos poéticos!
    Sou muito grato a você.
    Volte sempre.
    Abraços

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  2. Os poetas a nos fazer viajar por seus mundo tão peculiares...
    Confesso que também venderia minha alma a alguns poetas...
    Um abraço

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  3. Maravilha de poemas, Iremar! Posso publicar um deles no blog Márcia Sanchez Luz?
    Adorei conhecer seu espaço.

    Abraços

    Márcia

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  4. Olá, Márcia! Nem precisa pedir para publicar um poema nosso no seu belo blog! Para mim é grande honra e prestígio! Adoro o que você faz! Abraços.

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  5. Graça Graúna 21 de junho de 2013 15:36
    Iremar - eu também me rendo ao seu poema para suportar as dores do mundo. Com abraçares, Graça Graúna

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  6. Graça,
    Eu me rendo ao seu cativante comentário ao nosso poema-cavatina ao poeta William Blake.
    Rendo-lhe ainda (e retribuo) este poético e carinhoso "abraçares" que me envia.

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