Em sessão realizada na manhã desta quinta-feira (26),
o Tribunal Regional do Trabalho começou a julgar
o dissídio coletivo dos jornalistas para definir
o índice de reajuste salarial da categoria.
O voto da relatora, desembargadora Vanda Lustosa,
foi por um reajuste de 5,9% (pouco superior
a inflação acumulada de 5,83%), mas com vigência
a partir da publicação da sentença.
O julgamento do dissídio foi suspenso devido
a um pedido de revista da relatora,
para que seja feito um acerto técnico no parecer.
Os demais desembargadores não manifestaram posição
contrária ao voto dela, o que significa
que nada mais deverá mudar.
A Diretoria do Sindicato torce para que o processo
retorne o mais breve possível ao Pleno,
para que seja finalizado o julgamento
e, posteriormente, saia a publicação do acórdão.
AVALIAÇÃO
O Sindicato avalia que o julgamento é prejudicial
aos jornalistas, uma vez que estão negando
o retroativo. O mínimo que se esperava do TRT
era a reposição da inflação com
o pagamento das diferenças.
Embora revoltado com o encaminhamento da relatora,
o Sindicato não está completamente surpreso.
A entidade sempre alertou à categoria
que o Tribunal é campo incerto,
e que não deve ser o instrumento
para exigir reajuste e aumento
salarial dos patrões.
O instrumento correto é a forte mobilização
da categoria, com participação efetiva
nas assembléias, manifestações
e greve (caso necessário).
Essa mobilização não pode ser apenas
dos diretores do Sindicato, como foi
na campanha salarial deste ano, porque
as empresas têm como mapear o baixo nível
de reação das redações e não
se sentirão pressionadas.
É preciso que todos ousem, demonstrem
sua insatisfação nas ruas e locais de trabalho,
cobrem respeito e valorização por aquilo que fazem.
É assim que outras categorias, como bancários,
petroleiros, financiários, metalúrgicos
e eletricitários vêm conquistando todos
os anos aumento real de salários.
Arnaldo Santtos - Sindjornal
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